sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

([Flautas de Pan - Damh the Bard])-[tradução]

Você consegue ouvir, o trovão distante?
Pode ver a Lua no céu?
Eu posso ver um horizonte cheio, o Sol nascendo em sua véspera.
Braços levantados para saudar o amanhecer,
Como olhos de fogo da sabedoria brilhante,
Um pai morto, um Filho dos Sóis,
Uma lágrima enxugou com um sorriso.

(Refrão)
Toda minha vida eu tenho visto muitas oferendas,
Para os deuses e toda a maravilha que eles contém.
Mas quantas pessoas realmente podem, ouvir as Flautas da Pan?
Como soam em toda a nossa terra sagrada dos antigos.


Eu posso ver um casco fendido caindo,
Sobre a pele nua da Terra.
Eu posso ver a vida voltar, sentir o Tríplice renascer
Luz dourada matizando através da floresta,
Enquanto o Flaudista dança e toca sua melodia.
Herne o Caçador, o Chifrudo,
Espírito do Homem para a Lua.


Você pode ouvir as flautas de Pan
Na brisa quente de verão?
Se você pode, você consegue senti-lo profundamente dentro de você
Enquanto ele penetra na terra?
Maio florescer para a abelha,
O néctar do amor está na pele Dela.
O calor retorna enquanto a paixão se eleva
E a dança de Beltane começa, mais uma vez.

sábado, 29 de outubro de 2011

Cultivando a maturidade e a inteireza que brotam da reflexão

O arcano IX, chamado “O Eremita”, emerge como arcano conselheiro para este momento de sua vida, Samanta, sugerindo um momento em que você precisará agir com o máximo de maturidade e paciência possíveis.

Você precisará aprender a respeitar o “tempo certo” neste momento de sua existência e perceberá que será preciso bater mais do que uma vez na mesma porta até que ela se abra.

Nem sempre o rio corre mais rápido apenas porque queremos, Samanta! Três virtudes serão fundamentais neste momento de sua vida:
a paciência para lidar com as diferenças
a prudência a fim de jamais confiar inteiramente em ninguém
persistência para compreender que, no que diz respeito ao amor, muitas vezes é preciso bater várias vezes numa mesma porta.

O momento pede circunspeção, meditação e capacidade de espera. Você poderá mudar muitas coisas que lhe incomodam, se você souber observar o tempo certo, mas precisará também ter humildade para entender que nem tudo é possível. Ao aceitar os limites, evoluímos como pessoas.

Conselho: Momento de cultivar a paciência, tudo tem seu tempo certo.

sábado, 3 de setembro de 2011

Celebração Pública de Ostara em SP dia 18/09

Junte-se a nós domingo, dia 18 DE SETEMBRO, à partir das 12h para celebrar Ostara e o Dia do Orgulho Pagão. O ritual se iniciará às 16h. Sendo assim, chegue mais cedo para participar das atividades, conversar e fazer amigos ou a tempo de pegar o ritual desde o início. NÃO HAVERÁ ATRASOS PARA O INÍCIO DA CELEBRAÇÃO. Se chegar atrasado, não será permitida sua entrada no Círculo.

ONDE: Associação Cultural Mie Kaikan na AVENIDA LINS DE VASCONCELOS, Nº 3352 (ao lado do Metrô Vila Mariana) - Saia nas catracas à direita e suba as escadas rolantes que dão acesso ao terminal de ônibus. Atravesse o terminal de ônibus e caminhe em direção a Av. Lins de Vasconcelos.

ATIVIDADES DO DIA DO ORGULHO PAGÃO


ÀS 12 HORAS:
- OFICINA DE PINTURA DE OVOS DE OSTARA. Material Necessário para participar: Ovos cozidos e material para pintura(tintas de várias cores de secagem rápida, pincel, glitter, cola etc). Traga jornal, copinhos de pláticos e guardanapos para limpeza.

ÀS 14 HORAS:
- TROCA DE LIVROS Para participar, traga um livro pagão em bom estado para ser trocado por outro com uma pessoa que estiver participando desta atividade.

O QUE TRAZER PARA O RITUAL:
- Flores brancas, vermelhas e amarelas que serão usadas na celebração do Sabbat Ostara - Ovos pintados por você na oficina de pintura

O QUE TRAZER PARA O BANQUETE:
- Frutas ou um prato de salgados ou doce e guardanapos (mulheres) - 1 Refrigerante com copos descartáveis (homens)

TAXA DE PARTICIPAÇÃO: R$5

Esperamos por você!

Bênçãos de Eostre,

~Claudiney Prieto
([Comunidade Sociedade Wicca & Bruxaria])

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Galanto Snowdrop

Esses dias eu estava olhando umas imagens de Imbolc...com Brighid e tudo o mais e reparei no Snowdrop =)
E fiquei pensando...caramba que florzinha mais fofa :3 aqui não tem neve...mas será que tem Snowdrop em Sampa?
E estranhamente eu achei ela parecida com uma flor que eu vi aqui mesmo no lugar onde moro...nos jardins das vizinhas.
Mas ai pensei: "nãaaao...não deve ser"

Um tempo depois dei uma pesquisada, e descobri que o nome daquela flor: Galanto
E descobri que ela é sim a Snowdrop xD

Que floresce no fim do inverno, celebrada a muito tempo como símbolo do início da primavera.
Há quem diga também que ela é aquela mágica erva "Moly" da Odisséia, que teria ajudado Ulisses (Odisseu) à curar dos venenos de Circe. Um componente dessa flor pode ser útil no tratamento do Auzheimer, ainda que não a cure.


sábado, 18 de junho de 2011

Até que ponto aquilo que somos hoje, é o que de fato somos nós?


Parece engraçado até...confuso talvez!

Essa semana foi muito pesada pra mim. O mês na verdade foi todo um teste de paciência.
Então depois de refletir um pouco sobre quem eu sou hoje, pensei no quanto do que sou é de fato EU.
E não o resultado de um bloqueio, trauma, desejo de aceitação.
Meus relacionamentos, meu trabalho, meus estudos e o que atraio pra mim...o tipo de gente que interage comigo.
O tipo de gente e o meio no qual estou inserida...

O quanto é escolha minha...o quanto é escolha das deusas do Destino.
E o quanto eu ainda tenho que aprender.

Trabalho com a Sombra? Bora lá!
Todo mundo tem, e todo mundo joga coisas lá, no subconsciente: O pavor de leões ou baratas, o horror ao conflito, à agressão, à expressão desse lado e ao mal entendido. O ódio de quando alguém invade seu espaço. O desejo de dar uma bela voadora...uns shouryukens xD Até mesmo coisas nada a ver tipo auto-confiança, erotismo, sensualidade, orgulho...

Se você hoje é uma bruxa, o que te levou a ser? Foi o ódio à injustiça da sua antiga religião? A vergonha de pertencer à algo imoral? Seu amor pela natureza? Sua paixão pela Deusa?
E de onde vem essa escolha? Que fatores dentro de ti levou a concluir que as escolhas que você faz são as que você deve seguir? Talvez no fundo tudo já estivesse pré-determinado...Tipo matemática....química.




quinta-feira, 9 de junho de 2011

Lá Lugh - Brighid's Kiss (tradução)




Gabhaim molta Bríde
Ionmhain í le hÉirinn
Ionmhain le gach tír í
Molaimis go léir í

Eu louvo à Brigid
Amada da Irlanda
Amada de todas as terras
Vamos todos louvá-la


Lóchrann geal na Laighneach
A soilsiú feadh na tíre
Cean ar óghaibh Éireann
Ceann na mban ar míne

A Brilhante tocha de Leinster
Brilhando em toda a terra
O orgulho de todas as mulheres irlandesas
O orgulho de todas as mulheres de bondade


Tig an geimhreadh dian dubh
A gearradh lena ghéire
Ach ar Lá le Bríde
Gar dúinn earrach Éireann

Vem o inverno escuro e difícil
Cortante com sua severidade
Mas no dia da santa Brigid
A Primavera irlandesa está perto de nós


Brighid of the sunrise
Rising in the morning
Rising with the Springtime
Greening all the land
Brigid do amanhecer
Elevando-se na manhã
Elevando-se com a Primavera
Esverdeando toda terra


See you in the soft cloud
See you in the raindrop
See you in the winds of change
Blowing through the land
Vemos você nas nuvens macias
Vemos você nos pingos de chuva
Vemos você nos ventos da mudança
Soprando por toda terra


You the red eared white cow
Nourishing the people
Nourish now the hunger
Souls longing in our land

Você, a vaca de orelhas vermelhas
Nutrindo o povo
Nutra agora as famintas
Almas ansiosas em nossa terra

Bird that is unfolding
Now the time upon us
Only have we eyes to see
Your Epiphany
Pássaro que está desdobrando
Agora o tempo sobre nós
Que tenhamos apenas olhos para ver
Sua Epifania


Gabhaim molta Bride
Ionmhain i le hEirinn
Ionmhain le gach tir i
Molaimis go leir i
Eu louvo à Brigid
Amada da Irlanda
Amada de todas as terras
Vamos todos louvá-la

segunda-feira, 30 de maio de 2011

[Sobre o Falar]


Falais quando deixais de estar em paz com vossos pensamentos.
E quando não podeis mais viver na solidão de vosso pensamento,
viveis em vossos lábios, e o som é uma diversão e um passatempo.
E em muito da vossa fala, o pensamento é um pouco assassinado.
Pois, o pensamento é uma ave do espaço que, numa gaiola de palavras, pode abrir as asas, mas não pode voar.

Há entre vós, aqueles que procuram os faladores por medo da solidão.
O silêncio da solidão revela a seus olhos seus seres desnudos e eles fogem.
E há aqueles que falam e, sem o saber ou prever, revelam uma verdade que eles próprios não compreendem.
E há aqueles que possuem a verdade dentro de si, mas não a expressam em palavras.
No íntimo de tais pessoas, o espírito habita num silêncio rítmico.

Quando encontrardes vosso amigo na rua ou no mercado público,
deixai que o vosso espírito mova vossos lábios e dirija vossa língua.
E que a voz escondida na vossa voz fale ao seu ouvido;
Pois sua alma guardará a verdade de vosso coração, como é lembrado o sabor do vinho.
Mesmo depois que a sua cor houver sido esquecida,
e a taça que o continha não mais existir.

[[_l_]] Khalil Gibran

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Invocação a Herne



Um vento vem zunindo pelas árvores
Carregando a canção da Geada
A dança das folhas se tornou vermelha ou dourada
O uivo dos Cães de Caça do Outono, o Lobo do Inverno.

Rei Azevinho, nós te chamamos
Para manter nossos medos acuados
A Luz se foi, despida do céu
E as árvores estão desnudadas também
A Terra, nossa Mãe e nossa guia
Dorme tranquilamente em seu despojado manto marrom

Nós vos chamamos, Coroado com Baga-de-Sangue
Veado Real, venha a nós do seu bosque eterno
Caçador, proteja nossa obscurecida chama do coração
Proteja nosso círculo de luz que bruxuleia
Ajude-nos a ver para além das sombras que se alongam
Na morte-nascimento do novo Ano.

Oh veado de sete pontas
Guardião de segredos mantidos no véu de Annwn
Ramo de facas sempre-verde
Rei Galhado, chamamos você

Esteja conosco, Herne,
Na Escuridão que se aproxima
Dê-nos olhos para ver na escuridão,
Que nunca possamos temer,
Ou perder a memória da luz.

sábado, 9 de abril de 2011

[O Outono e a Colheita Interior]

A alma redime e transfigura tudo porque é espaço divino. Quando você habita plenamente sua solidão e experimenta seus isolamentos extremos e abandono, descobre que em seu centro não há abandono nem vazio, só intimidade e refúgio. Na solidão você se encontra mais próximo da comunhão e da afinidade que em sua vida social ou na multidão. Nesse nível, a memória é a grande amiga da solidão. Quando se envelhece, começa a colheita da memória. Sua personalidade, crenças e função são na realidade uma técnica ou uma estratégia, para atravessar a rotina diária. Quando se está livre de seus próprios medos, e quando se desperta durante a noite, se pode aflorar o conhecimento verdadeiro. Se pode intuir o equilíbrio secreto da alma. Quando se percorre a distância interior até o divino, a distância interior desaparece. Paradoxalmente, a confiança em sua comunhão interior altera drásticamente sua comunhão exterior. Não encontrar comunhão em sua solidão equivale a ter sua esperança exterior permanentemente sedenta e desesperada. No outono de sua vida se colhe sua experiência. É um belo pano de fundo para compreender o envelhecimento. Não é simplesmente um processo no qual seu corpo perde sua postura, força e confiança em si mesmo. Ele também te convida a adiquirir conciência do círculo sagrado que envolve sua vida. Dentro do círculo da colheita se pode recorrer á momentos e vivências passadas e reuní-las em seu coração. Na realidade, se aprende a conceber o envelhecimento, não como a morte do corpo, mas como a colheita de sua alma, e verá que este pode ser um tempo de grande força, segurança e confiança. Ao compreender a colheita de sua alma no marco do ciclo sazonal, tem-se uma sensação de serena alegria pela chegada desta época em sua vida. Este momento deve dar-te forças e permitir que te alerte como se revelará a comunhão profunda do mundo de sua alma. O corpo envelhece, se debilita e enferma, mas a alma que o rodeia sempre o protege com grande ternura. É um grande consolo saber que o corpo se encontra dentro da alma. [[_l_]] Anam Cara - John O'Donohue

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

[Lugh...e Lughnasadh]


Contam as lendas que Lugh, estando no Reino de Lochlann (terra-natal fomoriana), tomou conhecimento das más intenções dos Fomorianos com os Tuatha Dé Danann e prontamente foi correndo pra avisa-los. Assim, depois de atravessar terras hostis e mares bravios finalmente chegou a Tara, a capital dananiana, só que lá enfrentou o mais insólito obstáculo entre todas as aventuras de sua vida : Um velho guerreiro que fazia guarda na porta do reino dananiano não queria deixa-lo entrar! Sem dúvida seria fácil para Lugh vencer aquele reles "porteiro" , porém, iria com isso revelar sua identidade que com tamanho zelo ocultou durante toda a viagem para que os Fomorianos não suspeitassem dos propósitos de sua presença no Reino Dananiano. Igualmente corria o risco dos Tuatha Dé Danann encarassem isto como um ato de grande desrespeito e como efeito tentassem mata-lo antes que tivesse chance de dar qualquer explicação.
[A solução]
Ocorre que Lugh era um bom guerreiro não só nos punhos como também no uso da palavras , daí partiu para convencer o guerreiro a permitir a sua entrada em Tara sem que em nenhum momento podendo revelar sua intenções ou mesmo quem era. Finalmente depois de muito papo o "porteiro" argumentou que até poderia deixa-lo entrar só que havia uma rígida regra no reino de que só poderia viver entre os dananianos àqueles que demonstrassem serem úteis seja em suas habilidades ou no exercício de algum oficio entre os quais não houvesse nenhum expert entre os Tuatha Dé Danann. Infelizmente para cada arte e oficio que Lugh dizia ser um conhecedor o porteiro retrucava que já havia no reino alguém ocupado de exercer a mesma arte e oficio, o que salientava o fato de ser proibida a sua presença entre os dananianos por conta dos costumes locais. Pensativo, então Lugh finalmente indagou ao velho guerreiro se havia alguém entre os Tuatha Dé Danann que fosse conhecedor de todas as artes e ofícios tal como ele bem como também reforçou o argumento se o rei não ficaria furioso com o "porteiro" se soubesse ter sido ele o responsável por ter deixado ir embora alguém tão valioso. O velho guerreiro engolindo seco e temeroso da ira do rei deixou que Lugh entrasse , só que exigindo que se apresentasse provas do que dizia pessoalmente ao monarca sob pena de ter a língua cortada por tamanha mentira.

[O desafio]
Eram tempos de grandes festas e celebrações entre os dananianos por que tinham se livrado da tirania fomoriana e recuperado o trono para um dos seus como rei dos Tuatha Dé Danann, fazendo o valoroso Nuada Mão de Prata como regente daquele povo. Neste clima bem festivo chega um forasteiro que vinha trajado com roupas suntuosas alegando ser um mestre em todas as artes e ofícios para se apresentar ao rei e requerer o direito de morar no reino. Nuada Mão de Prata ouvia divertido o que dizia o velho guerreiro sobre a conversa que ele teve com aquele estrangeiro a sombra do portão da entrada do reino e com bom humor disse que até permitiria a entrada do estranho já que tamanha imaginação e criatividade para mentir realmente era um "dom" que nenhum dananiano possuía. Para tanto bastaria que o enigmático homem bem trajado confessasse que mentiu... Lugh não se fez rogado e declarou em alto e bom som para todos os presentes que não estava de forma nenhuma mentindo, exigindo em nome de sua honra e do bom nome dos seus ancestrais que o rei permitisse prová-lo mesmo que as custas da própria vida se porventura falhasse. Dito isto jogou sua espada aos pés de Nuada fazendo uma mesura com as mãos para indicar que podia usa-la para dar fim a sua vida, não dando alternativa ao rei senão aceitar o desafio. Um por um cada dananiano foi chamado para demonstrar perante o rei sua excelência no domínio de uma arte ou oficio, dando chance para Lugh fazer o mesmo com o desafio de mostrar que podia faze-lo bem melhor . Ao final o impossível parecia ter ocorrido e realmente Lugh triunfou sobre todos.

[O triunfo
]

Entre espantado e admirado o bom rei Nuada pegou a espada de Lugh e disse que a guardaria como lembrança de que os Tuatha Dé Danann devem também confiar nos estranhos que chegam as portas do reino para desfrutar do seu convívio, proclamando que dali em diante aquele estranho deveria ter o direito de viver entre os dananianos. Dito isto Nuada percebeu surpreso que até então não sabia o nome do forasteiro, porém, sem dúvida alegou que um bom título a ele seria chama-lo de Ioldanach que quer dizer Mestre dos Mil Talentos. Retribuindo a lisonja, aquele "forasteiro" passou a declinar sua origem desde o mais remoto ancestral até que para curiosidade dos presentes foi citado que ele era o filho nascido da união de Cian com Ethniu, neto pelo lado paterno do honorável mestre nas artes da cura entre os Tuatha Dé Danann que era Diancechet e pela parte materna do não menos lendário entre os Fomorianos do gigante Balor. Dando uma pausa e deixando cair ao chão o disfarce que ocultava sua identidade ele arremata dizendo alto como um trovão: Eu sou Lugh! Antes que todos os presentes recuperassem o fôlego perdido pelo grande espanto causado pela revelação, Lugh relata em detalhes os planos sórdidos dos Fomorianos de invadir o reino dos Tuatha Dé Danann e reduzir a todos dananianos a condição de seus escravos. Esta alerta de Lugh foi providencial para os Tuatha Dé Danann saíssem vitoriosos na guerra que se avizinhava...
[A Verdadeira Fonte da Força de Lugh]

Lugh foi criado desde da tenra infância com grande carinho por Tailtui, mulher que na origem era uma simples serva das mais humildes entre os Tuatha Dé Danann, mas que pelo o qual o "Mestre dos Mil Talentos" sempre nutriu mais carinho e respeito do que por seus verdadeiros pais biológicos (Cian e Ethniu) - apenas casados por conta de acordos políticos para selar aliança entre os Formorianos e Tuatha Dé Danann. Explica-se tamanho amor filial de Lugh , pois como mestiço era visto com desconfiança e até desprezo tanto pelos familiares do lado materno quanto paterno, apenas restando como apoio aquele dado de maneira solitária por Tailtui que impossibilitada de ter seus próprios filhos correspondeu dando a ele tudo o que podia em afeto maternal possível de ser humanamente concedido. Não resta dúvida que foi Tailtui a principal responsável em motivar o jovem Lugh lutar por um lugar ao Sol de destaque tanto entre Formorianos quanto os Tuatha Dé Danann, impelindo desde cedo a praticar esportes e estudar com afinco ao ponto de ficar invencível como guerreiro, virar o mais habilidoso dos artesões e um sábio reconhecido pelo valor da extensão de seu conhecimento enciclopédico. Não por menos em nome de honrar a memória e sabedoria de sua mãe de criação Lugh fez questão de instituir na data da morte de Tailtui (01 de agosto) uma espécie de "feriado" religioso. Posteriormente que consolidou-se o Lughnassad como uma data anual de esportes em honra a Lugh que sempre se revelou um aficionado por todo tipo de disputa.
[Lugh, o Guerreiro Sábio]

Ele carregava em seu sangue a ascendência de dois povos eternamente inimigos desde a aurora dos tempos, contando com a rara beleza e inata sabedoria mística dos Tuatha Dé Danann aliada com a estupenda força e fúria de combate que apenas um verdadeiro membro da raça dos fomorianos poderia demonstrar. Este era o filho nascido da união de Cian com Ethniu, neto pelo lado paterno do honorável mestre nas artes da cura entre os Tuatha Dé Danann que era Diancechet e pela parte materna do não menos lendário entre os Fomorianos do gigante Balor que com o mero olhar trazia a morte de seus inimigos. Este era Lugh! Apesar de ser um nascimento resultante de um dos vários casamentos que foram arranjados intencionalmente com o desejo de conseguir selar uma aliança duradoura entre Fomorianos e os Tuatha Dé Danann , o fato que Lugh era um filho amado por Cian e Ethniu que com o tempo fizeram frutificar o amor desta união oriunda de uma obrigação política infligida em nome da Paz.

Desde cedo revelou ser um hábil guerreiro e grande caçador o que rendeu o apelido entre os Fomorianos de "Lamhfada" (Mão Comprida ou Atirador a Distância) numa referencia a maestria como manejava armas como a funda, correntes e lanças. Por sua vez, os Tuatha Dé Danann conheciam Lugh principalmente pelo título de "Ioldanach" (Mestre de Todas as Artes ou Senhor dos Mil Talentos), pois dominava com excelência todos os ofícios, era um artista consagrado em todas as Artes e não havia saber humano que lhe fosse estranho. No campo de batalha Lugh podia ser visto a grande distancia, destacando-se do meio da multidão não só por sua alta estatura como pelo fato de carregar um enorme lança de prata que reluzia com uma luz cegante e vir sempre de perto acompanhado de um cão de pelo tão negro como a noite. A lança dizem foi trazida pelos Tuatha Dé Danann de seu lar original(a mítica cidade de Gorias), possuindo propriedade mágicas que a faziam ter vida própria e sendo tão sedenta de sangue que era preciso até o momento de usa-la botar na sua ponta um preparado sonífero feito de folhas papoula sob o risco dela sair matando a todos a sua volta! O cão de Lugh, chamado em algumas lendas de "Failius", mantinha-se fiel ao lado do dono durante todo tempo do combate como um feroz companheiro nas batalhas e possuindo virtudes mágicas em sua pele que fazia transformar em vinho qualquer água corrente em que se banhasse. Lugh era uma rara prova de como superada as inimizades entre os Tuatha Dé Danann e Fomorianos poderia a união daqueles povos gerar como prole seres que estariam condenados pela mão do destino em sua superioridade a serem Mestres da Humanidade e Deuses entre os Homens!


[Fonte]

Templo do Conhecimento

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Lughnasadh - Damh the Bard (tradução)

Sinto-me dormir debaixo dos seus pés
Enquanto o ano mingua,
E tudo é sobre você, os dedos invocam
E alcançam o céu,
Uma coroa de espinhos sobre a minha cabeça,
Quando a escuridão está crescendo,
E das sombras anda um Deus, uma semente,
A esperança de vida nova.

Você pode ouvir o Espirito da Terra? Você pode?
Você pode ouvi-lo chamar? Pode ouvi-lo cantar agora?
Lughnasadh!É a vida e a morte do Rei do Grão,
Vida e renascimento do Rei do Grão!

Eu volto minha face verde para o Sol,
Enquanto o ano é crescente,
E tudo é sobre os animais chamarem meu nome
Na floresta e no céu.
Meus chifres de veludo refletem a Lua,
Roda de Prata de minha Senhora,
Ela vem em minha direção enquanto Maio revela

Sua alva e virgem pele.

Eu volto minha face dourada para o Sol

Enquanto o ano é minguante,
O tempo chegou agora para minha vida acabar

Como o metal se desgasta na rocha,
Ela vem em minha direção através dos campos,
A carruagem com rodas espantosas,
O cabelo Dela em chamas, me corta, me esmaga, me cozinha,
Coma-me, Eu sou seu.