sábado, 27 de fevereiro de 2010

[Segunda Vermelha]


A segunda-feira que antecede o dia das mães, é chamada de Segunda Vermelha pelo Movimento de Mulheres que Celebram o Fluxo Feminino... neste dia vestimos vermelho, nos nutrimos de alimentos vermelhos, pintamos as unhas de vermelho, enfeitamos a casa com flores vermelhas e convidamos as amigas para juntas reverenciarmos nosso sangue, do qual brota vida. Mulheres em todo o mundo, independente de participarem ou não de Círculos Femininos, celebram esta data. Então meninas, se organizem para no dia 3 de maio de 2010 participarem conosco promovendo a SEGUNDA VERMELHA.
[@] Retirado do blog Guerreira Interior

..:: Como Surgiu ::..

Com nome original em inglês “Menstrual Monday”, ou a “Segunda Vermelha”, adaptado para o português, a campanha convoca a mulher contemporânea a participar ativamente de sua própria vida, redescobrindo e compartilhando com outras mulheres sua essência, empoderando-se e tornando-se uma forte agente transformadora de si mesma, de sua comunidade e do Planeta.

A primeira vez que se comemorou foi em 2000, idealizado por
Genebra Kachaman e Molly Strange. Elas arrumaram um jeito de incentivar as mulheres a ritualizarem suas menstruações e o fizeram com manifestações artísticas. Na época, a campanha teve adesão da França, Canadá, Escócia e Quênia. Kachaman e Strange diziam que a intenção da campanha era criar um senso de diversão em torno de menstruação; para encorajar as mulheres a assumir a responsabilidade da sua menstruação e de saúde reprodutiva, para criar uma maior visibilidade da menstruação nos meios de comunicação social; e para reforçar a honestidade da menstruação em nossos relacionamentos.

Na realidade a campanha foi um efeito contrário à grande quantidade de registros do chamado “choque tóxico” provocado pelos tampões internos naquela década de 90 e por tudo o que ele representa para a mulher: vulnerabilidade, vergonha, invasão, agressão e uma infinidade de doenças arrebatadoras e outras tão silenciosas quanto fatais, como o câncer de útero. Os tampões vão bem, obrigada, e pra quem trabalha com saúde da mulher, como eu, sabe que o número de casos de “choques tóxicos” com tampões e absorventes descartáveis continua de vento em polpa, no mundo todo. Menos na Índia, porque lá elas nem sabem o que é isso. Bom, sorte a delas.

O movimento “Segunda Vermelha” parte de uma releitura dos aspectos femininos que se contrapõe ao movimento feminista da década de 70, onde os processos cíclicos da mulher foram caracterizados como uma desvantagem para a disputa com o homem pelo mercado de trabalho. Ele é fruto de novas perspectivas em relação à mulher e a natureza, o que ficou denominado como ecofeminismo, que revela um novo corpo feminino que se molda e vem surgindo em movimento de valorização dos aspectos e protagonismo femininos revelando um enorme potencial das mulheres em mudar o curso da história. A campanha não pretende excluir o homem das novas atividades dessa nova mulher; ao contrário, é um chamado para valores como honra e respeito à diversidade, principalmente à multiplicidade dos aspectos da mulher.
O movimento tem como mote o dia das mães. Por que a menstruação vem antes e, muitas vezes, depois dela também. E na verdade é a grande liga, o grande fio condutor da vida, o sangue. Mas eu queria dizer mais uma coisa sobre esta data escolhida para representar a Segunda Vermelha: inicialmente Julia Ward Howe criou o “Dia das Mães para a Paz” nos Estados Unidos. É, pois é, o dia das mães era político/espiritual. É verdade também que a visão oportunista americana o transformou em uma data “capitalistamercadológica”, porém vejo em nossas mãos a chance de redefinir esta data novamente.
..::Aqui no Brasi e América Latina::..

O fato é que os anos que se seguiram, a campanha foi tomando forma. Silenciosa forma é verdade, com alguns registros em outros países. E sempre comemorada, mantida e coordenada por Deanna L’am nos Estados Unidos. E assim, por este sincronia do Universo e das Teias da Grande Mãe, conheci DeAnna L'am, pois partilharmos do mesmo estilo de trabalho. Ela Compartilhou a proposta. Achei linda e viável. Convidou-me pedindo que eu coordenasse a campanha na América do Sul. Eu recebi. Gestamos. E, juntas com Danielle Sales, agilizando as traduções, co-criamos a vontade da Deusa manifesta em terras sul-americanas.
E foi assim como eu to contando: falei com uma grande amiga circular argentina, Myrian Wingutov e sua “Rueda Púrpura”, para que se juntasse a nós. Ela amou a idéia e convocou suas hermanas. E lá, mais próximo dos Andes no Chile, “mi preciosa” Mahi e seu Circulo Matriztico. E aqui no centro do país, em Brasília, as lindas e queridas Melissas da Teia de Thea guiadas por Natalia Carvalho. E a teia foi crescendo, nossa forte anciã Doroti Siqueira nos pampas gelados do Brasil com sua enorme receptividade reverberou junto; e pertinho, em São Paulo, minhas “hermanas circulares” Patricia Fox, Babi Ferreira e Soraya Mariani... E aí, eu já não precisei mais convocar. Os círculos concêntricos foram atingindo outros círculos em São Paulo, no interior e na cidade, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e João Pessoa. E outras mulheres foram divulgando em seus blogs, sites, grupos de internet... E na SEGUNDA VERMELHA 2008 LATINA todas “vermelharam” juntas em um só ventre e coração.

A campanha pode tomar proporções que desconhecemos, em princípio, mas em nossas células mater está a visão acima dos acontecimentos. Eu creio nisso.

"Eu não me curo sozinha, eu me curo junto a outras irmãs." Esta linda frase é de uma irmã muito querida do Chile, Canella, uma linda canalizadora de Danças Circulares, e este verso está em uma de suas músicas. Eu o escolhi para finalizar este relato da Segunda Vermelha 2008 porque, mesmo sabendo que ainda é preciso curar muito as relações entre as mulheres, principalmente entre as lideranças desse re-despertar feminino, onde é necessário cultivar trocas sadias de respeito à medicina de cada uma e à sua própria medicina, creio em uma linda e poderosa Teia Cósmica, e dou graças a esta poderosa e Velha Aranha que tece desde os recôncavos do meu Ventre e me mantém integra em meu propósito: tecer sempre!!!

A todas as mulheres que, ao tomarem conhecimento de seu Poder de Sangue, sentiram-se a mais poderosa Deusa dos mundos, minhas sinceras reverências.

Eu,
Sabrina Alves, falei, AHOW
Assessoria DeAnna L’ am

[@] Retirado do blog Segunda Vermelha
.....:::::([§§]):::::.....
Inspirada no movimento, e por algumas leituras e pesquisas feitas por conta própria sobre menstruação, Ritos de Passagem, Mistérios do Sangue e a celebração dos Ciclos como forma de comungar com a Deusa, estou preparando uma série de posts com os temas de:

-Mistérios de Sangue
-Henna, Mehendi e a ancestral arte feminina de arte no corpo
-Menstrala
-Abiosorventes
-Runas associadas aos ciclos femininos e meditações
-Cristais que harmonizam as energias do ventre
-Mitos e Contos relacionados ao sangue, a vitalidade sagrada
*Henna e a Insurreição no Hadramaute
*Sapatinhos Vermelhos
*O Retorno da Vida Feita à Mão

Na verdade isso é só um resumo do resumo de um projeto que nesse momento está me parecendo meio ambicioso...mas enfim =) estou empolgada com isso^^

BB!
)O(

[@] Links Extras

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

[O Mundo Celta Como Ressonância]


Frequentemente, penso que o mundo interior é como uma paisagem. Aqui, na nossa paisagem de calcário, existem surpresas infindáveis. É encantador estar no alto de uma montanha e descobrir uma nascente jorrando por baixo de rochas pesadas.
Essa fonte possui uma longa biografia de trevas e silêncio. Provém do centro da montanha, que nenhum olhar humano jamais contemplou. A surpresa da fonte sugere as reservas arcaicas de consciência despertando dentro de nós. Com um súbito frescor, novos mananciais animam-se no íntimo.

O silêncio da paisagem esconde uma vasta presença. O lugar não é simplesmente uma localidade. Lugar é uma intensa individualidade. Sua textura superficial de relva e pedra é abençoada pela chuva, vento e luz. Com total atenção, a paisagem celebra a liturgia das estações, entregando-se sem reservas à paixão da Deusa. A configuração de uma paisagem é uma forma antiga e silenciosa de consciência. As montanhas são enormes contemplativos. Os rios e regatos apresentam voz; eles são lágrimas de alegria e desespero da terra. A terra está repleta de alma.

[Longstone of Punchestown]

A civilização subjugou o lugar. O chão é nivelado para construir casas e cidades. As estrada, ruas e pisos são planos para que possamos caminhar e viajar com facilidade. Deixada a si mesma, a curvatura da paisagem convida a presença e lealdade da quietude. Na distração do viajante e do temporário, sua antiga existência passa despercebida. Sob a superfície da paisagem, a terra vive na noite eterna, o escuro e antigo berço de toda origem.

Não é de admirar que, no mundo celta, as nascentes sejam lugares sagrados. As nascentes eram consideradas limiares entre o mundo subterrâneo desconhecido, escuro e mais profundo, e o mundo exterior de luz e forma. O solo da Irlanda era compreendido, no tempo antigo, como o corpo da Deusa. As nascentes eram reverenciadas como aberturas especiais por onde fluía a divindade. Manannán mac Lir disse: "Ninguém obterá conhecimento a menos que beba da nascente". Ainda hoje as pessoas visitam as fontes sagradas. Elas caminham várias vezes em torno de uma nascente, deslocando-se no sentido dos ponteiros do relógio, e frequentemente deixam oferendas votivas. Julga-se que fontes diferentes contém espécies diferentes de cura.

[Chalice Well - Glastonbury]

Quando uma nascente desperta na mente, novas possibilidades começam a fluir, e descobre-se, no íntimo, uma profundidade e arrebatamento que nunca se soube possuir. Com frequência permanecemos exilados, deixados de fora do mundo rico da alma, simplesmente porque não estamos prontos. Nossa tarefa é refinar o coração e a mente. Existe tanta benção e beleza perto de nós, que se destinam a nós, mas que no entanto, não podem entrar na nossa vida, porque não estamos prontos para recebê-las. A maçaneta está no lado interno da porta; somente nós podemos abri-la.

[[_|_]] Retirado do livro Anam Cara

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

[Damh the Bard- Lady of the Silver Wheel]

ps: essa música foi dedicada à Arianrhod



High in the Castle of Glass,
A Silver Wheel turns in the night,
Slender hands guide a thread,
Keeping it true, keeping it tight,
As it spins, fate it begins,
To opens its eyes,
Lady of the Moon, of the Stars,
In the Spiral Castle I hear you sing.

Chorus
Lady of the Silver Wheel,
Lady of the Silver Wheel,
Arianrhod, Lady of Changes you spin the Web of Life.

Gather up every thread,
Weave them together, join them as one,
The spindle begins to turn,
A soul's new journey has begun
On the Earth, with every birth,
So the web that joins together all life
Is as one, daughter and son,
Animal, human, old and young.

Autumn begins to fall,
And the Moon wanes and seasons grow cold.
We all hear the Raven's call,
Some while young, others grow old,
Oh she sings, the last chorus begins,
With a voice as gentle as Winter's Lace,
A new thread through the wheel it is fed,
Woe to those who see her face.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

[Alice di Micele - Mother I Feel You]



Mother I feel you under my feet:
Mother I hear your heart beat (2x)

Hey ya hey ya, hey ya
hey ya, hey ya hey ho!
Hey ya hey ya, hey ya
hey ya, hey ya hey hoooo... (2x)

Mother I hear you in the river's song:
Eternal waters flowing on and on (2x)

Hey ya hey ya, hey ya
hey ya, hey ya hey ho!
Hey ya hey ya, hey ya
hey ya, hey ya hey hoooo... (2x)

Father I see you when the eagle flies:
Flight of the Spirit's gonna take us higher (2x)

Hey ya hey ya, hey ya
hey ya, hey ya hey ho!
Hey ya hey ya, hey ya
hey ya, hey ya hey hoooo... (2x)

Mother I feel you under my feet:
Mother I hear your heart beat (5x)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

[Lughnasadh musicas]




[Omnia- Lughnasadh]
O híu Noshàh

O hí Lúghnásádh

Feed the flames and set them dancing
Hail the Sun and Hail to Life
Feed the flames and set them dancing
Hail the Sun and Hail to Life

Spear of fire
Burn so brightly
As the sunwheel in the sky

Spear of fire
Burn within me

O híu Noshàh
O Lúghnásádh

Lughnasadh
Omnia

O híu Noshàh
O hí Lúghnásádh

Feed the flames and set them dancing
Hail the Sun and Hail to Life
Feed the flames and set them dancing
Hail the Sun and Hail to Life

Spear of fire
Burn so brightly
As the sunwheel in the sky

Spear of fire
Burn within me

O híu Noshàh
O Lúghnásádh
---------------------------------------


[Damh the Bard- Lughnasadh]

Feel me sleep beneath your feet

While the year is waning,
And all about you the bare fingers plead
And reach towards the sky,
A crown of thorns about my head,
When the dark is rising,
And from the shadows walks a God, a seed,
A hope for brand new life.


(Bridge)
Can you hear the Spirits of the Earth can you?
Can you hear the Spirits of the Earth can you?
Can you hear the Spirits of the Earth?
Can you hear them call, can you hear them sing?


(Chorus)
Lughnasadh! Is the life and the death of the Corn King,
Life and rebirth of the Corn King!
Lughnasadh! Is the life and the death of the Corn King,
Life and rebirth of the Corn King!


I turn my green face to the Sun,
As the year is waxing,
And all about animals call my name
In forest and in sky.
My horns of velvet reflect the Moon,
Silver wheel of my Lady,
She comes towards me as the May reveals
Her White and virgin skin.


I turn my gold face to the Sun
As the year is waning,
The time has come now for my life to end
As metal rubs on stone,
She comes towards me across the fields,
Chariot's wheels a-blazing,
Her hair on fire, cut me crush me, bake me,
Eat me, I am yours.