Falais quando deixais de estar em paz com vossos pensamentos.
E quando não podeis mais viver na solidão de vosso pensamento,
viveis em vossos lábios, e o som é uma diversão e um passatempo.
E em muito da vossa fala, o pensamento é um pouco assassinado.
Pois, o pensamento é uma ave do espaço que, numa gaiola de palavras, pode abrir as asas, mas não pode voar.
Há entre vós, aqueles que procuram os faladores por medo da solidão.
Há entre vós, aqueles que procuram os faladores por medo da solidão.
O silêncio da solidão revela a seus olhos seus seres desnudos e eles fogem.
E há aqueles que falam e, sem o saber ou prever, revelam uma verdade que eles próprios não compreendem.
E há aqueles que falam e, sem o saber ou prever, revelam uma verdade que eles próprios não compreendem.
E há aqueles que possuem a verdade dentro de si, mas não a expressam em palavras.
No íntimo de tais pessoas, o espírito habita num silêncio rítmico.
Quando encontrardes vosso amigo na rua ou no mercado público,
Quando encontrardes vosso amigo na rua ou no mercado público,
deixai que o vosso espírito mova vossos lábios e dirija vossa língua.
E que a voz escondida na vossa voz fale ao seu ouvido;
Pois sua alma guardará a verdade de vosso coração, como é lembrado o sabor do vinho.
Mesmo depois que a sua cor houver sido esquecida,
e a taça que o continha não mais existir.
[[_l_]] Khalil Gibran
2 comentários:
Juro que quando li a primeira frase reconheci a autoria... Amo tanto Gibran.
Sabe que estava pensando em começar a escrever uma série de crônicas comentando os escritos de "O Profeta". O que vc acha? Concepções do Gibran dentro de um olhar pagão. To pensando ainda.
Toparia escrever comigo?
Bjos
Claro! Gibran é uma paixão :3
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