quarta-feira, 2 de julho de 2008

)O( A Lua do Lobo )O(

Também conhecida como Lua Quieta, Lua da Neve, Lua Fria,
Lua Casta, Lua Distante, Lua do Pequeno Inverno

_[correspondências]_

Espíritos da Natureza: gnomos, brownies
Ervas: manjerona, cardo, castanhas e cones
Cores: branco brilhante, azul-violeta e preto
Flores: galanto, açafrão
Essências: almíscar, mimosa
Pedras: granada, ônix, azeviche, crisópraso
Árvores: bétula
Animais: coiote, raposa
Aves: pavão, gaio
Deidades: Freiya, Innana, Sarasvati, Hera, Ch'ang-O, Sinn
Fluxo de Energia: Indolente, sob a superfície; início e concepção. Proteção, reversão de encantos. Manutenção de energias atravéz do trabalho de problemas pessoais que não envolvam mais ninguém. Fazer com que seus vários corpos trabalhem harmoniosamente juntos, com os mesmos objetivos.
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Bom...falando em início....essa é o primeiro "início" de lunação depois do Yule. É quando começo a contar as luas do ano. Antes de mais nada...comentar um pouco as correspondências ajuda a compreender que não são apenas "tabelinhas". Servem para alinhar-mo-nos com a energia desse "mês"...com o início do ano solar...o início do ano lunar.

Os Gnomos são a contra-parte etérica do elemento Terra na dimensão espiritual. Suas ações são refletidas na presença dos depósitos minerais, na erosão da pedra e na formação de cristais e outras formações geológicas. São protetores dos tesouros secretos escondidos em imensas cavernas por debaixo da terra. Na lenda, estes seres não eram naturalmente inclinados a ajudar a humanidade, mas se uma pessoa ganhasse a confiança dos Gnomos eles provavam
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Brownies

ou espírito doméstico do folclore da Inglaterra e Escócia, o brownie habita casas de família, onde executa labores domésticos enquanto seus habitantes dormem. Tais tarefas são feitas em troca de presentes entre os quais laticínios, sua comida preferida. Se oferecido pagamento ou roupas, o brownie, ofendido, abandona a casa.

Os brownies são descritos como homenzinhos de pele amarronzada. São mais ouvidos do que vistos. De espirito prestativo e benéfico, podem se tornar malignos se contrariados.


Espíritos domésticos que agem à maneira dos brownies também são encontrados em outras culturas, como por exemplo o tomte finlandês, o Heinzelmännchen alemão e o domovoi russo.

A palavra portuguesa duende se origina do español dueño de casa (dono de casa)
e exprime um conceito semelhante.
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[La Loba]

Existe uma velha que vive num lugar oculto de que todos sabem, mas que poucos já viram. Como nos contos de fadas da Europa Oriental, ela parece esperar que cheguem até ali pessoas que se perderam, que estão vagueando ou à procura de algo.

Ela é circunspecta, quase sempre cabeluda e invariávelmente gorda, e demosntra especialmente querer evitar a maioria das pessoas. Ela sabe crocitar e cacarejar, apresentando geralmente mais sons animais que humanos.

Dizem que ela vive entre os declíves de granito decomposto no território dos índios tarahumara. Dizem que está enterrada na periferia de Phoenix perto de um poço. Dizem que foi vista viajando para o sul, para o Monte Alban, num carro incendiado com a janela traseira arrancada. Dizem que fica parada na estrada perto de El Passo, que pega carona aleatóriamente com caminhoneiros até Morelia, México, ou que foi vista indo para a feira acima de Oaxaca, com galhos de lenha de estranhos formatos nas costas. Ela é conhecida por muitos nomes: La Huesera, A Mulher dos Ossos; La Trapera, A Trapeira; e La Loba, a Mulher-Lobo.

O único trabalho de La Loba é o de recolher ossos. Sabe-se que ela recolhe e conserva especialmente o que corre o risco de se perder para o mundo. Sua caverna é cheia de ossos de todos os tipos de criaturas do deserto: o veado, a cascavél, o corvo. Dizem porém que sua especialidade reside nos lobos.
Ela se arrasta sorrateira, e esquadrinha as montañas e os arroyos, leitos secos de rios, à procura de ossos de lobos e, quando consegue reunir um esqueleto inteiro, quando o último osso está no lugar e a bela escultura branca da criatura está pronta à sua frente, ela senta junto ao fogo e pensa na canção que irá cantar.

Quando se decide, ela se levanta e aproxima-se da criatura, ergue seus braços sobre o esqueleto e começa a cantar. É ai que os ossos das costelas e das pernas do lobo começam a se forrar de carne, e que a criatura começa a cobrir-se de pêlos. La Loba canta um pouco mais e uma proporção maior da criatura ganha vida. Seu rabo forma uma curva para cima, forte e desgrenhado.
La Loba canta mais, e a criatura-lobo começa a respirar.

E La Loba ainda canta, com tanta intensidade que o chão do deserto estremece, e enquanto canta, o lobo abre os olhos, dá um salto, e sai correndo pelo desfiladeiro.
Em algum ponto da corrida, quer pela velocidade, por atravessar um rio respingando água, quer pela incidência de um raio de sol ou de luar sobre o seu flanco. O lobo de repente é transformado numa mulher que ri e corre livre na direção do horizonte.

Por isso, diz-se que, se você estiver perambulando pelo deserto, por volta do pôr-do-sol, e quem sabe esteja um pouco perdido, cansado, sem dúvida você tem sorte, porque La Loba pode simpatizar com você e lhe ensinar algo- algo da alma.

([Clarissa Pinkola Estes- Mulheres que correm com os lobos])

Um comentário:

([säm]) disse...

Pessoalmente La Loba parece uma história de como a Anciã dá vida à Donzela...e assim a Donzela se torna a Mãe....e a Mãe a Anciã...e novamente da Anciã para a Donzela...mas essa é uma de muitas interpretações que se pode fazer desse conto belíssimo *0*